Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

28 de setembro de 2008

O Pala

Apareceu depois, mais tarde na rua. Com aquele eterno bom humor, sempre tinha alguma coisa engraçada pra acrescentar nas conversas. Esse cara eu fazia questão de poder escolher pro meu time, sempre, lá na praça. Não que jogasse muita coisa. Até deixava a desejar. Mas a vontade e a dedicação com que participava de cada lance era comovente. Fazia o jogo pegar fogo e eu junto! Com aquela raça, quieto, reto e direto, ele garantia a defesa, fazendo aquele trabalho de formiguinha no seu canto. Muito me inspirou e inspira pra que eu tenha conquistado, com ele, alguns campeonatos e muitas vitórias na praça, né véio! Isso aprendi com ele, um pouco copiei pra mim, pra vida! Tinha um aviso claro: quando ficava com a testa vermelha, era sinal da superação, sai da frente dele. Dava até carrinho no areião! Esse inovou quando o jogo era na calçada: jogava de sandálias de couro. E era uma navalha aquela sandália! Haja canela sem cortes! Esse era o véio, o paladares, o palinha vemaguete, entre outros.

O Neco

Esse aí eu vi brincar de espadade plástico e capa de guerreiro romano...É um dos mais antigos amigos que fiz por aquelas bandas. Como os demais, formamos nossas personalidades em consonância, mas aí uma característica diferencial: o cara afirmava algo, eu contestava. E tem sido sempre assim. Um eterno aprendizado quanto ao poder de argumentação de ambas as partes, fora o que um ou outro não lembrava. Resultado tornou-se advogado. Devo ter colaborado com alguma coisa. Como bom ariano, tinha e continua tendo a cabeça dura. As discussões eram e continuam sendo enormes e demoradas. Claro que eu também ganhei no treinamento da contra-argumentação. O cara era um polo centralizador das atenções e decisões: chama o Neco! Se fazia presente em todas as ocasiões. Afinal, o foro central era o muro- em frente à casa dele! Ali corria a política da Barão. E tudo passava por ele tambem! Ele já era juiz e não sabia. Como era, e continua sendo colorado, pelo menos aí, tínhamos algo em comum. Grande cara, pena que não participe do nosso enredo aqui!

14 de setembro de 2008

O Meleca

Vou falar um pouco de cada um dos que passaram pela Barão, colocando aqui minhas observações a respeito dos ensinamentos deixados. Começo pelo elaborador dessa idéia, o França, conhecido como Meleca e até Francisco! Pois esse é um cara ponderado, observador e grande participante dos momentos engraçados. Sempre tem uma feliz participação pradeixar as coisas mais leves. Como escorpiano que é, demonstra sua sensibilidade através das artes. Como já demonstrado no blog, lá apresentou algumas de suas obras. Lembro de em alguns daqueles encontros dançantes - as reúnas, quando meio chatas, encontrar o cara rabiscando na planilha que eu levava invariávelmente pra todo o lado. Guardo alguns afrescos originais comigo. Tinha sua opinião formada mas não era inflexível: pelo menos nem sempre. Grande companheiro, tinha lá suas parcerias mais próximas- o Borja, até pelo aspecto vizinhança - moravam lado a lado. O cara tinha e tem idéias muito boas. Foi lançador de muitos projetos inovadores. Inventava coisas. Usei sua capacidade em algumas parcerias musicais. E ele nos aproximou através dessa grande ideia cibernética hiperespacial. Esse é o França, me ensinou a ponderar, ouvir os dois ou três lados antes de dizer besteiras. E o cara já fez meio século nessa escola!

Proposta de encontro se aproximando!

O Eugênio, lembram dele, encontrei lá colégio da Luiza (minha filha, onde ele é prof de ed física dela) falou de ter contatado o João (Batista Moreira) que idealiza um encontro dos remanescentes sobreviventes. Diz ter local, sá faltando acertar data e hora. Fico de elo de ligação pra, talvez lá por Outubro acertarmo, ok?

Turbilhão de tudo...

É Mello, o turbilhão na época era geral. Não se tinha tanta cobrança (até própria), comprometimento (só com as vitórias no futebol), mas bastante envolvimento. Todos conviviam muito intensamente. Havia muita conversa. Muito muro (muro mesmo). As opiniões eram forjadas e ratificadas ou até retificadas em pouco tempo. Mas era muita troca de experiências e opiniões. O que não vejo muito nessa geração de agora, pelo menos na minha volta. Agora juntou três na rua e de noite, é tráfico! Ficou na rua é vagabundo! Que felizes vagabundos fomos, hein?
Mas que oportunidade tivemos! Convivência tumultuada, mas conivência! Não tinha internet, e quase não tinha videogame...Emoções a mil! E cadê todo mundo? Estão esquecendo de abastecer o blog nesse turbilhão?