Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

10 de janeiro de 2009

O Bolachinha

O Leandro, só podia ser irmão do Bolacha. Muito parecido, na animosidade, com o seu irmão mais velho, mas com um jeitão diferente...de gozar é claro. Baita deitado. Muito observador, tinha sempre uma bala pronta pra disparar...e acertava no alvo! Era outro que não tinha ruim pra ele. Acompanhava, a uma certa distância os acontecimentos musicais da rua. De tanto ver o pessoal tocar violão resolveu apostar no negócio. Aí, aprendeu a tocar violão! Formou banda e tudo o mais. Gravou CD e virou artista. Bem que tentou jogar na praça. Mas grande parte das vezes era reserva, entrava no segundo tempo ou quando alguém se machucava... Pessoas boas saíram dali do véio Cardoso!

O Bolacha

O César, Júlio César...bah quase ninguém chamava assim...jogou pouco lá na praça. Admiro e continuo admirando o cara pela conversa, pela verbalização e facilidade com que envolvia todos nos vários causos que apresenta. Sempre pronto pra uma boa e saudável gozação, continua sendo extremamente difícil para-lo depois que dispara sua fluência verbal...e deixa ele contar! Quem foi no último encontro pode testemunhar. Lembro que algumas vezes ficamos sem ver as horas passarem até amanhecer, embalado pela conversa do cara! Pois esse cara me ensinou muito de como ver as coisas positivamente. Não tinha ruim pra ele. Nunca vi o cara em baixo astral! Isso ele não conhece! Sempre pronto pra um consolo, pra elevar a energia de qualquer um que se chegasse. Às vezes tomava as dores dos menos afortunados e ia em defesa. Grande amigo! Na bola... bom, isso não era muito com ele!

O Dino

Esse aí foi meu vizinho desde que nasceu! Morava no andar de baixo da minha casa...ou eu morei muitos anos no andar de cima da casa dele, não sei qual a ordem. Muito quieto no começo, o que mais gostava era de jogo de botão. Participava de todos os campeonatos. Se destacou mesmo foi no meio campo lá na praça. O cara era baixo, mas muito ligeiro. Na época não existia o Maradona...mas ele já, em menor escala. Dono de um toque rápido, organizava o time em que jogava. Iniciou, obviamente no time dos baixinhos, mas logo migrou. Era disputado na escolha dos times. Depois que começou a torcer pela TV, aprendeu coisas estranhas, como por exemplo, voar sobre a bola quando mal alguém se aproximasse. Aí virou artista. Não precisava encostar e lá ele decolava pra mais um vôo! Mas era um demônio com a bola nos pés! Às vezes as faltas se justificavam, mesmo.