Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

4 de outubro de 2008

O Cesário

César, Cesário, Hilário, entre outros, tava sempre metido em todas quantas farejava. Era o mais moço de todos. Podia ficar até pelas 22h na rua, depois era sumariamente recolhido. Não esqueço do assobio recolhedor que vinha da torre (casa dele). Lá ia de cabeça baixa, embora. O cara é muito social. Se dá bem em qualquer roda. Anima todas. Sempre tem uma opinião pra levantar! Bom ouvinte. Mas apesar dessa grande vontade incrível de participação em tudo, era muitas vezes, necessariamente vetado. Não dá Cesário, tu és pequeno. Com seu cabelão até o pescoço, acompanhava em tudo o que ocorria ao redor. Sempre sabia de tudo. Grande zagueiro, volta e meia tinha problemas com os joelhos. Com sua risada fácil e inconfundível, tava sempre pronto e disposto, como também convém ao sagitariano de plantão. Com muita energia, dedicação e vontade, começou no time dos baixos, destacando-se e logo tomando posição titular entre os mais velhos. Iniciou cedo nos bailes da rua...por imposição pessoal e muita insistência. Era um pequeno chato. Mas apoiado por todos. Todos queriam sua presença. Admiro sua perseverança e amizade. Aprendi um pouco com ele, essa diplomacia que tem no tratamento com as pessoas.

O Alex

Quando chegou na nossa zona, sim, pois ele era da mesma rua, mas da outra ponta, alguns chamavam de Alex, outros de Alexandre...mas acabou virando Mello mesmo, devia ter uns 12, 13 anos. Travido pelo Volmir como jovem revelação, já foi encontrando espaço no time, pois era atacante, tinha chute forte e era muito rápido e objetivo, como convém a um sagitariano. Mas o destaque do cara viria pela influência musical que trouxe a todos. Muito aprendi com ele sobre isso. Muito novidade ele me apresentou, entre eles, Led Zeppelin, Yes, que eu nunca mais larguei. Comecei com violão pelos oito anos de idade mas não evoluí muito. Vi o cara pegar o violão e inventar muita coisa boa, tocando demais, apesar do polegar torto. Compõem, fez letras e ainda continua criando muita coisa legal com seu teclado, agora. Esse tem muita sensibilidade musical no sangue. Chegamos, pra meu entendimento e orgulho e, como ele sugeria, a termos uma parceria muito boa. Onde ele ia o violão ia também. E eu tava sempre pendurado, sugando. Saíram até algumas músicas. Depois teve o tempo da Sagrada Família. E aí até a igreja agradeceu. As missas ganharam com o Starway to Heaven by Mello. Grandes tempos...