Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

30 de abril de 2010

O Casarão VI.

     E para encerrar o tema "Casarão" (até aparecer uma foto), nesta imagem, o local da Patrobaia e o tal "arame" a que me referi.

O Casarão V.

          Tá Sérgio, tu trouxeste a lembrança da Patrobaia, agora, tu lembras do arame (não era nem cabo de aço), que nós colocamos lá, esticamos ele do segundo andar ao térreo, amarramos em uma árvore grande que existia no pátio dos fundos do casarão, depois nós subíamos e escorregávamos por ele até o chão, lembro que também existia uma banheira, enorme e muito bonita lá dentro (hoje valeria uma fortuna), não sei como colocaram lá, pois era muito grande.
     Lembro que tinha "escala" para limpeza da Patrobaia, cada final de semana era um grupo que limpava e organizava tudo, de vez em quando dava briga, pois quando um grupo arrumava de um jeito, na semana seguinte o outro fazia do seu modo (claro que diferente), mas sempre acabava numa boa ou numa partida de futebol, aonde? Local não faltava, em último caso na frente da casa do Neco (coitada da dona Maria).
     E nestas imagens pessoal, tentem lembrar como era o "Casarão", mesmo que, nem de longe nos dê a verdadeira dimensão do que aquele sobrado representou para nós.
   

O Casarão IV.

     Esta imagem como disse anteriormente, mostra o prédio como foi projetado e construído originalmente, portanto quando nós o conhecemos ele já estava bastante descaracterizado, o que me chama mais a atenção, é que no andar térreo havia mais de uma porta, onde estavam estabelecidos os comerciantes (só consigo me lembrar do barbeiro, não sei porque), e na parte de cima,  sinceramente, só lembro de uma senhora que morava lá e tinha duas filhinhas de 5 ou 6 anos, não lembro de mais ninguém.

     E tem mais...

O Casarão III.

     E aí está ele, o tão falado casarão (não adiantou vocês esconderem as fotos), para quem não lembrava (em razão da memória fraca é claro), esta é a planta original do sobrado. Um detalhe que eu não lembrava, existia um jardim a esquerda, atrás da grade, e esta é a prova da sua existência.

O Casarão II.

     E para provar o que foi dito sobre o proprietário, eis sua assinatura.
   




     Aguardem que tem mais...

O CASARÃO

Pois é, eu andei por aquele casarão! Cheguei até a sonhar com aquilo. Mas muito curiosos entramos pelas salas vazia pisos quebrados, cheiro de umidade e mofo, quando ainda tinha telhas na cobertura. A entrada era pela Getúlio e tinha uma escada de madeira logo à esquerda, para o andar de cima. Algumas peças já não se podia acessar, lá em cima. Pelos fundos se entrava na cozinha -pelo menos tinha paredes com cara de cozinha e piso de ladrilhos. Mas isso tudo foi ao longo de muitos anos. Segundo a mãe do Neco, o terreno e a casa pertencem a uma família em algum país da Europa e ainda está sendo discutido entre herdeiros. Mas é uma confusão grande que persiste. Lembro que a escada tava podre demais. Lá de cima se enxergava as peças de baixo. Tudo muito escuro. Parecia que a qualquer hora tudo ia cair. E caiu mesmo. Começando pelo telhado, e mais tarde todo o andar de cima. O Banana - um sem-teto, morou muito tempo por ali. Era uma baita alemão, até forte, feioso... morreu ali! Depois de uns tempos tomamos conta do pedaço. Mas ninguém entrava lá. Era uma coisa meio sagrada...O lugar que pegamos era o antigo bar da mãe do Didi, a dona Irma. Ali funcionava como casa de apoio - a "garagem" do casarão. Limpamos o local, e tinha até hasteamento da bandeira do Patropi nos finais de semana: era a Patrobaia, alguém lembra? Até hoje o Volnir lembra de ter retirado uma das "taças"do casarão - eram vários ornamentos em forma de troféu que estavam colocados na parte mais alta da cobertura. Em cimento armado, foi pintado de prateado e colocado com cola um pedaço de veludo vermelho na base. Permanecia guardado na Patrobaia. Mas a sede durou pouco. Logo veio a Prefeitura e isolou toda a área com tapumes. Um pedaço dataça, até há pouco, ainda servia de apoio pras venezianas não baterem com o vento na sacada lá em casa. Esse foi o fim do troféu. O casarão foi todo demolido, depois de servir de base pra um salão de cabalereiros, lava carros e eu sei lá o que mais...Coisa tenebrosa, ainda lembro.

Você sabia que...

... o casarão da esquina da Barão foi o prédio de nº 1 na antiga Rua 13 de Maio, atual Av. Getúlio Vargas, uma vez que sua frente era por esta avenida e não pela Barão, e a entrada ficava em diagonal a esquina, (vocês lembram disso?).
     O ano de construção deste "sobrado" como eram chamadas estas edificações, foi entre 1917 e 1919, e, o proprietário e construtor era o engenheiro "João Fordie".
     Ao que tudo indica, foi maçom no Paraná, na Loja Frat. Paranaense nº 0.555 (GOB), comprovado através de sua assinatura, com os característicos "três pontos".