Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

2 de novembro de 2008

O Eugênio

Esse aí sempre chegava metendo a mão com alguém! Não de bronca mas de gozação mesmo. Ninguém escapava e já se transformava em alvo de gozação para os demais. Grande parceiro e amigo de todos, só era perigoso quando da participação dos jogos na praça. Não podia perder! E pronto! Brigava por cada lance, lateral, bola fora, bola dentro. Nada podia ser contra a vontade dele. E ai de alguém não se esforçar! O cara sucumbia debaixo das "orientações" dele. Ainda vai ser treinador de futebol. E pelo que vi recentemente, ele continua cobrando a lateral, pra ele mesmo, cabeceando na área e voltando pra atacar no gol! Claro, que xingando todos na passagem. Mas isso era o incentivo dele. Tínhamos que compreender! Aprendi com ele essa determinação ferrenha e, com alguns filtros, absorvi do meu jeito. Como todo o canceriano tem seu lado extremamanete sentimental dentro da concha. Mas permeável e reconhecido pelos mais próximos, dentre os quais me coloco. Incentivador de festas, muito social, vejam o destino: foi professor dos meus dois filhos! Que ironia! Também tiveram a chance dessa convivência sadia na educação física by Eugênio.

O Paulo

O Borja, Borjão, Paulo, etc, era o cara mais sério. Muito organizado, cuidadoso com suas coisas. Detalhista ao extremo, colocava ordem em tudo "no peito e na raça". E ninguém contestava ou ele saía no pau. Mais ou menos o síndico da parada. O primeiro estranho que aparecia na rua lá tava ele: "que que é cara? Vai encarar? Olha pra frente e some!" Se fazia respeitar pela influência que exercia. Defesa própria ou adolescência? Aprendi com ele uma coisa que depois, no tempo de quartel valorizei muito: o espírito de corpo. O cara levava aquela coisa antiga de olho no olho (confiança) e transmitia isso. Aquela coisa do "tô contigo"! O legítimo amigo de fé. Ele se atirava de corpo e alma se acreditasse na causa. E defendia esses princípios e os amigos dele com bravura e determinação. Dava até medo. Acho que não deve ter mudado nada, se oconheço. Esse exemplo ele passou pra outros menores, pelo que me lembro. Muitos copiaram o jeitão dele. Mas não o superaram. Era um dos mais sérios. Grande Borja!