Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

26 de novembro de 2008

O Sérgio...

Bem, este cara já falou de quase todo mundo, tá na hora de ele passar pelo crivo também, vou tentar colocar na escrita aquilo que ele representou pra mim...
Sérgio, Careca e ... (pra ser sincero não lembro de mais). O cara era o dono da bola, do time e de uma educação, responsabilidade, organização e amizade que não tem palavras ou adjetivos para descrevê-lo, sempre prestativo mas (cobrador) se prometesse alguma coisa para ele, teria que ser cumprida senão era encrenca até o fim. Não deixava ninguém na mão, sempre do lado dos mais fracos, nas brincadeiras era muito comedido, mas sai da frente quando ficava brabo, até porque impunha respeito pelo seu tamanho, lembro quando cheguei na Barão (eu estava em fase de crescimento), ele já era o cara mais alto da turma, então quando embrabecia, atropelava mesmo, não é de graça que era chamado de patrolão nas (peladas), corria demais, lembro que muitas vêzes disputamos corrida e salto em altura (no muro do caco), só que então, eu já havia crescido, e a peleia foi mais difícil pra ele.
Mas já naquela época, mostrava muito de empreendedorismo (palavrinha) muito utlizada hoje em dia, um cara de iniciativas, além de tudo, compositor (Sábado na Barão) e muitas outras, seu maior parceiro acho que foi o Melinho, mas eu tive o prazer de compartilhar este “Hit” de grande sucesso.
Era o cara das novidades, primeiro vídeo-game (jogo de tênis), aquele que a bolinha fica pra lá e pra cá, parecendo em câmara lenta, o primeiro gravador (quem não lembra), quando o Sérgio chegava tinha fila para falar no microfone, e dá-lhe “click” nos botões do gravador, e lá ía o Sergio pra editar a entrevista, o primeiro a ter um (MICRO), acreditem se quiser, naquela época já existia, um TK 85, a maior novidade, ninguém sabia mexer, mas sempre tinha um com “idéias” mirabolantes para programas, sem contar o carro, a moto, e...
Eu lembro que quando íamos a sua casa, passávamos direto pela sala, muitas vezes seu avô o (Jacaré) estava sentado assistindo televisão, e íamos direto para a 1ª sede do Patropi, o seu quarto. O que tinha de coisa lá dentro, a sacada era o máximo pra mim, só que não podia ficar de zoeira, senão vinha o pai ou a mãe pra chamar a atenção.
Sábado dia de festa, pronto lá estava o Sérgio preparando tudo, som (gravado do rádio), caixas “cadensa” e seu gravador, na iluminação “tomando choque”, um aparelho que ele inventou mas funcionava, todo mundo queria mexer no teclado de (prendedores de roupa), e pronto tava feita a festa, quase sempre na garagem do Dino, ocasionalmente vinha a Dona Núcia, com pizza, não queríamos mais nada, era só deixar o som rolar.

Patropi, Potência, Sclas e Musison e... sei lá mais o quê, tudo tem a mão do Sérgio, só por isto já valem estes encontros, e se hoje comemoramos isso com os amigos de tempos atrás, se hoje vemos álbuns amarelados pelo tempo contandos histórias há muito batidas, se hoje o pretexto para um encontro destes é o Patropi, eu discordo, estas amizades o carinho que todos sentem, que nos trás de volta à adolescência, prazeroso e sem a vergonha dos sentimentos, isto só foi possível pela persistência e empenho de uma só pessoa, que acredita e da importância a um dos conceitos há muito esquecido, mas de grande valor, A AMIZADE.
Este é o Sérgio, o tempo passa e ele não muda, continue assim, este ser humano maravilhoso.
Obrigado grande amigo.