Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

27 de fevereiro de 2010

Mais uma raridade...

     Olhem a data e vejam como era o nosso estádio nesta época, aqui a montagem da estátua a Garibaldi e Anita, é pra guardar.
Imagem: Museu Hipólito José da Costa.

Carnaval... me chamaram ???

     Gostei deste papo, só que, Sérgio tudo isso que tu falou eu não lembro (não e por falta de idade), mas não morava lá nesta época, só ouvi falar do carnaval na casa da Iolanda, nunca participei, mas essa história de nos imitar, eu já desconfiava, o problema é que nós não saímos para o mundo,  tem a famosa danceteria dos anos 70 em NY, uma tal de Studio 54, foi copiada adivinha de onde? Isso mesmo, a Garagem do DINO, e por aí vai, nem vou falar dos times Milan, Barcelona... táticas e administração copiadas do Patropi.
     Mas o assunto é carnaval, eu lembro muito bem da Av. João Pessoa, nunca ví tanta arquibancada como naquela naquela rua, começava no monumento de Bento Gonçalves e terminava onde hoje tem o viaduto da João Pessoa, era muita avenida para os caras ficarem sambando, o ano era 1975, quando os Imperadores foram campeões com a música "Convite ao Povo", que era mais ou menos assim:

Povo meu, povo meu,
desça da arquibancada e
vem sambar no imperador
pois onde existe alegria existe amor...

...e por aí vai, lembro também da João Alfredo, no ano em que assisti, o convidado do carnaval era o Agnaldo Rayol,  o cara naquela época já estava com uma certa idade, quando ele chegou na avenida, foi um frenezí só, as "vovós" que eram apaixonadas por ele não paravam de gritar e aplaudir, e ele desfilou quase toda a João Alfredo pelo meio da pista, mas é como o Melinho falou, tinha todo aquele tipo de gente "prá lá e prá cá" a noite toda (é uma coisa que eu nunca entendí). Lembro que tinha muita briga, quando a escola estava passando, com  os moradores da rua, que ficavam dentro de casa olhando pela janela e muitos queriam subir nas janelas das casas para olhar, então dava problema.
     Cá entre nós, sem noção o carnaval naquela rua, não tinha espaço pra nada.

     Depois teve na Av. Perimetral,  alí o que mais me marcou foi o desfile dos Imperadores, acho que foi no primeiro ano de carnaval nesta avenida, que o Tadeco morreu, então o pessoal (de baixo da Barão), que eram na grande maioria Imperadores, para homenageá-lo, fizeram um bloco com passo marcado, que foi um espetáculo na avenida, a fantasia maravilhosa, quase todos da Barão, parceiros do cara.
     Eu sei que quando íamos para a avenida era com a intenção de furar, não queria nem ver o carnaval, só pelo prazer de entrar na arquibancada sem pagar, depois que estava lá, ficava como cachorro quando corre atrás de carro, quando o carro para não sabe o que fazer.

     Tem também o (Gudi) que foi um passista dos mais considerados no círculo carnavalesco, começou  nos Imperadores, lembram dêle???
     Um breve histórico dos locais onde os Imperadores tiveram quadras de ensaio, na Marcilio Dias, próximo a (New Looking ou Looking Glass), atrás do colégio Protásio Alves, Na Carlos Barbosa perto do MONUMENTAL GRÊMIO, ao lado do prédio onde é a Zero Hora,
     Alguém lembra destes nomes "Fidalgos e Aristocratas, Pirilampo, Floresta Aurora, Relâmpago".

     Mello, os índios te enrolaram, tu pensou que eles estavam dançando a "Dança da Guerra" ? Pois não estavam, antes de entrarem na avenida os caras tomavam um trago daqueles, os índios não podiam parar em pé, e tu pensando que eles estavam dançando... bobinho esse Mello.

15 de fevereiro de 2010

Carnaval na Barão/J.Alfredo

Empurra empurra federal era isso mesmo. Lembro que na João Alfredo os "Pedro/ Paulo"(PM's) colocavam cordas grossas de nylon azul em toda extensão da João Alfredo e os moradores da rua deixavam pequenos bancos de madeira para marcar seu lugar para quando chegasse a hora do desfile que as vezes começava tarde e muitas vezes chovia e estragava tudo. As fantasias dos passistas ficavam deploráveis.E os carros alegóricos destroçados. Haviam também desfile de tribos indígenas e isso era muito bacana pois os caras dançavam como índios em pé de guerra (meu brinquedo preferido de criança "Forte Apache").E tinha muita índia pelada também. Bem, lá na Barão com uns nove/dez anos eu conheci uma figura que marcou muito nos carnavais. Algúem lembra da Marilda prima do Hortêncio. Pois a Marilda, magricela, de pé no chão, no carnaval se vestia de bailarina . Véio era amarrado naqueles cabelos claros e olhos verdes. Apaixonei direto e vivia atrás dela no carnaval da João Alfredo só de longe naquela curtição platônica que sempre foi caracterísitica minha .Cara eu lembro que se aventurar no empurra empurra tinha que ser corajoso.Muitas vezes atravessei pelos cantos da João Alfredo investido de muita coragem pois tinha gente de todos os tipos. Foliões, sacanas, bêbados, tarados, PM's, maloqueiros, trapaceiros, de tudo. Mas mesmo assim era divertido! E o carnaval deixava sempre uma nuvem branca de saudade. Terminava o verão e vinham as aulas. E tudo voltava ao ponto de partida...

Carnaval na Barão

Pois quando não estava junto, eu era acordado pelo, que é hoje, areal da baronesa. Vinha aquele monte de gente batendo tudo quanto é tipo de tambor. E tinha um piston. Esse é que marcava o solo da marcha a ser cantada. Às vezes passavam pela 4 da manhã. E lá ia todo o mundo pra janela ou pra rua mesmo. Tinha até a paradinha e umas batidas tipo do Olodum (copiaram da gente). O percurso era volta na quadra e algumas outras quadras pelo bairro. Mas foi bem antes que conheci um dos primeiros que vi por aí na rua e depois seguiria o resto da vida ao redor: o Neco. Fantasiado de soldado romano, com direito a espada e capa. Corria pra um lado e pra outro. E eu vendo aquilo tudo: pô esse é galo mesmo. Devia ter uns 4 anos ele. Outro que vi de fantasia nessa ápoca era o Marco Dargélio. De mandarim. Olho pintado (é antes do kiss mesmo - nos copiaram em tudo) e tudo o mais. Eu lembro sim... Depois vieram os bailes de salão, ali na casa da Iolanda. O famoso Salão. Todo o mundo ia ali de tarde, pois tinha carnaval e, de quebra, comer amora na árvore que tinha ao lado da escadaria da entrada. Bem mais tarde era o carnaval na João Alfredo. Arquibancadas em frentes às casas nos dois lados da rua. Não tinha espaço pra nada. Era um empurra-empurra federal! Mas aí alguém mais pode no ajudar...

14 de fevereiro de 2010

Carnaval na Barão


A Barão sempre teve muita festa.E o carnaval era muita curtição.Será que ninguém tem histórias legais de carnaval.Dos blocos da Barão e da Baroneza.Do carnaval na antiga João Alfredo.Tenho a imagem da Maria José, Carmelita, Dino, Sérgio, Neco e todos com aquele colar de havaiano colorido, e as famosas bisnagas de agua.Lembra França da gozação e sacanagens de carnaval.Era tudo brincadeira de criança com aquela lógica de criança de fazer muita maldade e se divertir custe o custar.Pois é a maldade era inocente.Será?E os bailes dos clubes.Teresópolis,Gaúcho,Partenon,Petrópolis,Polonia e muitos outros.Alguém esteve no verde branco aquilo era um caldeirão.E o bloco do Bolacha e sua turma era divertido.Nossa zona sempre foi palco de alegria para o povo.O França pode fazer uma pesquisa e contar um pouco da história dos desfiles que existiam.Vamos lá Francisco!