Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

27 de maio de 2008

Leitura anterior...

Sérgio, tens razão, volta e meia estou lendo um trecho anterior, e me vem cada história... mas é muito bom, vou enviar convite a esta turma de novo.

Camburão, merece capítulo à parte...

E o Camburão. Esta só podia ser coisa do Pistana, também, era o "Maloca" (isto está registrado na música), em plena ditadura militar o cara faz chacota com a Brigada, assim não dá né.
Tinha uma turma sentada nas aberturas que tinham na casa da Iolanda (pareciam janelas, acho que eram aberturas para passagem de ar), ficavam quase na altura da calçada, quando o pai dela chegou, e pediu para pararem com a algazarra, que ele tinha que dormir (imagina o Pistana quieto, com aquela voz), não demorou muito parou um camburão, desceram dois brigadianos e disseram que iriam dar a volta no quarteirão, e que não queriam ver ninguém quando retornassem ali. A gurizada não queria nem saber e diziam "os brigadianos não vão voltar", e a zoeira continuou, largando piadinhas para o pai da Iolanda (como era o nome dele?), sabiam que foi ele quem chamou.
E não é que os brigadianos voltaram, só que ninguém correu (não sei porque!), pois este era o normal. A polícia já chegou chingando, querendo revistar (eles não faziam muito isto) e dando "chá de moral", só que o Pistana resolveu discutir com os caras, não deu outra, vai, aí o Élvio foi tirar as caras, também foi, pra dentro do camburão, o Capistana dizendo que o pai dele era brigadiano e coisa e tal mas não teve "arrego". Quando o carro arrancou, o cara começou a batucar na lataria pelo lado de dentro (só se via os dedos dele nas frestas da veraneio), cantava assim... (Eu te amo meu Brasil, eu te amo, ninguém segura a juventude do Brasil).
Isso só acontecia na Barão, anos 70, militar no poder, o "DOPS" prendendo e sumindo com as pessoas, a censura a milhão, e o cara me faz uma destas. Pessoal, ninguém me contou, eu vi, mas se ninguém acreditar, ah eu vou entender. Por onde andará este cara????????

Lembranças do fundo do baú mesmo...

Sérgio, eu lembro direitinho desta cadela, e também acho que era SKIP o nome, era uma típica cachorra de rua, sempre na manha, quietinha (acho que nunca ouvi ela latir), e sempre enrabichada com a gente, é verdade.
E esta do nome Patropi, pra mim é novidade, eu nunca soube da história do nome, taí algo que eu não sabia, mas Sérgio de "TiBoPi, PiTiBo" pra Patropi, que imaginação hein !!! Mas deu certo, acho que nem vocês esperavam isto.
As fogueiras!!! Infelizmente não peguei este tempo, pelo que tu relatas, fizeram sucesso, acho que peguei uma das últimas, que foi justamente a do acidente com o Élvio.
Bom, esta fogueira tem o que falar, corrigindo o Mello, foi montada quase em frente a casa da Iolanda, perto da entrada onde morava o Borja. Pois é, tinha um cara "metido" a pular fogueira passar a mão no fogo dizendo que não se queimava e coisa e tal, volta e meia pulava o fogo (isso tudo com o maior sacrifício, pois o cara era gordinho), sabem de quem eu falo? Do Capista, numa dessas ele veio correndo de um lado e o Élvio de outro, não se viram e bateram de frente bem em cima da fogueira, o Capistana conseguiu sair sem se machucar ou sequer se queimar, já o Élvio, teve que botar "platina" na cabeça, e olha que depois disto o cara "mudou", nunca mais foi o mesmo, pois encontrei-o quando eu morava na rua 17 de Junho, ele esteve em casa e olha que foi difícil seguir um diálogo com o cara, mas é a vida.
A Suzana Mello, não era só tu que era apaixonado por ela, acho que a metade da rua era, também encontrei-a uma vez na Bento Gonçalves, estava fazendo um trabalho de pesquisa de mercado, e casualmente, fui bater na casa dela, conversamos rapidamente (acho até que ela não me reconheceu), foi na mesma época do Élvio.
O pega-ladrão, aquilo era um absurdo, um monte de cara correndo pela rua afora, se fosse hoje o pessoal saía dando tiro, pois mais parecia "arrastão", aquele monte de "barbado" (eu disse BARBADO e não BABADO te manifesta aí meu...), correndo pela rua afora, entrando no pátio dos outros nos prédios, não tinha lugar que não tivesse um escondido, nessas de pega-ladrão, quem era o tinhoso e sempre arrumava encrenca era o Tião, tava sempre discutindo com alguém.
Esta do seu Cardozo, eu não lembro Mello, mas vou te contar essa, o bar dele, esse sim tem histórias, não sei se vocês perceberam, mas na porta da direita, só entrava os "bebuns", já na porta da esquerda era só para quem fosse fazer compras, onde ficavam as miudezas, o "armazém", as pessoas não se misturavam, e ái do cachaçero que passasse para o outro lado, ele dava porrada mesmo, os caras respeitavam o "seu Cardozo", sem contar que as mercadorias dentro do armazém estavam sempre todas misturadas e o estranho é que esta mercadoria sempre foi meio amarelada, uns diziam que era pó, outros que era velha (ainda não sei), e o que tu pedia tinha lá dentro, a gente não enxergava mas ele sabia direitinho onde estava cada produto, o vidro do balcão, parecia "jateado" não se via por detrás, e olha que ele fez dinheiro ali hein !!!!
Sérgio, acho que faltou menção do seu Cardozo na música da Barão, se não colocamos, pecamos.

Vozes do Passado


Pô França, a sua memória tá bem afiada heim.Aproveito que você lembra bem dascoisas.Lembra daquela loirinha que morava do lado da madeireira se não me engano se chamava Suzana, que ficava andando de bicicleta. Eu era taradão por ela.E quando o Élvio Ostrowsky caiu na fogueirana Múcio Teixeira e se arrebentou todo. E das brincadeiras de pega-ladrão que reunia grupos grandes na zona.E quando o avô do Bolacha caiu de tanto beber vinho numa festa na casa do Natinha. E quando a gurizada, depois de fazer muita bagunça perto da casa do Borjão, tiveram que dar uma volta de camburão, senão me engano Euvio, Pistana, Tio (Luís Carlos)estavam nessa.Conta pra nós ô França.