Quem somos...
Este blog tem a pretensão de resgatar histórias de um grupo de amigos, que na década de 70 foram muito unidos em torno de uma agremiação chamada "Clube Atlético Patropí", um time que nasceu no bairro "Menino Deus", mais precisamente na rua "Barão do Gravataí".
Que a experiência seja boa...

26 de maio de 2008

Noites de São João

Essa é pros mais antigos: nossa rua tinha campeonato de fogueiras nas noites de S. João! Era a da Dona Irma, mãe do Didi contra a do Seu Cardoso (avô dos Bolachas). Nunca eram acesas as duas ao mesmo tempo. Ganhava a que ficava mais tempo pegando fogo, a mais alta, etc. Ia dormir muito tarde. Era muito frio. Muita gente na rua ao redor das fogueiras. Tinha muita bomba e guerra de diabo maluco e busca-pé: aqueles fogos que corriam atrás da gente. Uns atiravam contra os outros. Mas ninguém se machucava: era muita roupa! Depois tinha que ficar pulando a fogueira até se acabarem as brasas. Essas vocês eram pequenos... Mas eu me lembro! Fogueira em plena calçada...nunca mais!

Relembrando...o blog

Relendo algumas postagens, (já tô com saudade do começo, vê se pode) lá no início do blog (começou em 7/11/07 já vai fazer aniversário daqui há pouco - mais um motivo pra festas), notei que muita gente apareceu mas não retornou. Cambada de preguiçosos: Borja, Beto, Cesário...Onde andam? Também notei que em nenhum momento foi citada a origem do nome PATROPI. Pois os fundadores se reuniram e, na falta de maiores assuntos ou idéias apareceu a chance de eternizar os animaizinhos de estimação: Tigre, cachorro do Didi, Bolinha, meu cachorro e Pipoca, gatodo Neco: aí saiu TiBoPi, PiTiBo, Patropi. ë foi assim mesmo, certo Neco? Se é que tá vendo a gente?

E tem outras

Pô, França. Tu lembrou daquela do tênis do Gancho e do toca-discos??? Eu já tinha esquecido de tudo isso! Mas como aquela do Gilmar foram muitas. Ele queria estar junto em todas. Era complicado mesmo. Chegou um tempo que tinha cachorro que não largava do pé da gente. Alguns queriam ir até a Nevada, perto do cinema Avenida comer sorvete, e lá ia a cachorra junto. Não lembro o nome dela. Mas morava na avenida ali do lado da minha casa. Pelo alaranjado liso e curto, média, magricela. Tinha muita personalidade e presença! Tava sempre junto. Depois veio o filho dela que era parecido só que não tão insistente... Alguém lembra o nome??? Laika, Skip...acho que era esse último...

Reúna Anos 70...

Grande Melinho, tu descreves muito bem as reuniões da década de "ouro", geralmente era assim, mas são os imprevistos que mais marcam nossas histórias, como a de uma reunião que se não me engano seria na Lopo Gonçalves ou Sebastião Leão. O pessoal então começou a comentar e se preparar no início da tarde, até que se deram conta que o Gilmar estava "no bico", foi o que bastou para mudar o papo e disfarçar, o pessoal foi saindo de mansinho, combinando o encontro as escondidas, e cada um foi para a sua casa se arrumar e preparar para a "reúna", o tempo passou (naquela época telefone não era pra qualquer um), foi chegando a hora, o pessoal começou a aparecer devagarinho no muro ou em frente ao seu Antônio, como o Gilmar não aparecia, o grupo foi tomando volume e esqueceram do cara, já estávamos saindo quando de repente o Gilmar aparece, aí foi aquela coisa, convencer o cara que ele não podia ir, e fala um, fala outro, mas não tem jeito ele quer ir junto, começam então os preparativos para dar um "balão" no "Mamica", tentar sair sem ele ir atrás, uns pegam taxi outros correm, vão saindo de mansinho, e o grupo que era grande só tem uns três ou quatro, e ele desconfiado e perguntando pelos que saíram, até que conseguimos despistar ele e nos encontramos na festa. Na festa tá aquela zoeira, todo mundo dançando bebendo e comendo salgadinhos, quando batem na porta, a dona da casa atende e vem falar conosco, perguntando quem é o "Meleca" ou "Neco", (acho que era o Neco), pois tinha um cara muito estranho perguntando por nós lá fora, quando chegamos lá, adivinhem quem era? o Gilmar, não sei como o cara descobriu a festa nem como chegou lá, tentamos falar com ele, mas aí já tinha uma multidão na rua, e o Gilmar gostava disso, e começou a dar o show dele, corria atrás das gurias, encarava todo mundo, e dizia que iria entrar. Resumindo ele acabou entrando, pois a dona da casa ficou com pena dele e nós curtimos mais um sábado, que não foi na Barão mas foi com a turma toda.

Curtas, Saint Hilaire 2...

Esta é pra não esquecer mais. Numa das idas ao parque, fez parte do grupo, ninguém menos que o "Gancho", quem o conheceu sabe a figurinha que é, ele havia ganho um tênis adidas branco, e estava estreando naquele dia, enquanto o pessoal se divertia com as caminhadas e fazendo provas de tudo quanto é espécie, o Gancho só se preocupava com o tênis e a todo o instante estava tirando pó, passando um paninho pra não sujar e assim foi durante todo o dia. Na hora de ir embora, o pessoal escolheu um caminho que nós ainda não conhecíamos, e lá fomos nós mato adentro, de repente estávamos na beira do lago, num lugar que era um lamaçal só, tínhamos que escolher o lugar onde pisar, para não atolar o pé, a gurizada toda em fila indiana ia colocando o pé na marca do pé do cara da frente, se cuidando porque ao redor era só banhado. Depois de muita ginástica para não cair e se sujar, nos demos conta de que estávamos no meio deste brejo e sem muita alternativa para voltar, foi aí então que o pessoal avistou no meio deste charco, alguma coisa se mexendo, e o mais preocupante, "tinha chifres", foi aquele silêncio mortal para não chamar a atenção do bicho. Mas eis que um "gaiato" gritou -Olha o Touro !!!
Meu, foi aquela correria, uns correram pra cá, outros pra lá, perdendo coisas no caminho, foi um desespero só, outros ficaram parados (eu era um deles) e não era de coragem, era de medo mesmo, quando de repente passa por mim como um raio, naquela correria, adivinha quem? o Gancho, com barro até as canelas, o tênis novinho que ele tanto cuidou, não existia mais, era só barro (aquilo depois foi motivo de muitas rizadas), quando a coisa se restabeleceu e passou o nervosismo do pessoal (pois já tinha gente no portão de saída do parque), é que o animal foi identificado, era uma "vaca atolada" literalmente. Bem, esta historinha deu o que falar por muito e muito tempo, e o Gancho padeceu com as piadinhas.
Vocês sabem porque Gancho? Um dia contarei.

Curtas, Saint Hilaire...

Ahhh Saint Hilaire, tem história, numa das vezes em que fomos ao parque, depois de um dia de muito agito e caminhadas pelo mato (conforme lembra bem o Sérgio), no retorno pra casa (e as idas e vindas feitas de ônibus), levantamos acampamento, juntamos as tralhas e era resto de comida (o que não era muito), mochila, toca discos (?????), discos (LP ou seja Long Play), e fomos esperar o ônibus, no meio do caminho, quando comecei a contar os discos, dei falta do aparelho de toca discos, foi aquele auê dentro do coletivo pra saber quem voltaria para buscar, isso se ainda estivesse lá. Voltaram então, eu e não lembro quem era o outro pra tentar "resgatar" o aparelho, depois de horas esperando o ônibus e mais uma caminhada pelo mato até o lugar onde estávamos, finalmente lá estava ele intacto a nossa espera, depois de pegá-lo, enfrentamos todo o trajeto de volta, caminhada e ônibus, até chegarmos na Barão, onde os outros estavam esperando já de banho tomado e prontos para mais zoeira e os comentários da "aventura". Foi aí que perguntamos onde estavam os discos, fulano não pegou, beltrano também não "ai meu Deus", onde é que ficaram os discos? Pra resumir, resgatamos o toca discos, mas perdemos todos os discos, ficaram no ônibus, e pra minha tristeza, perdi o LP de Mauren McGovern, com a música tema do filme "O Destino de Poseidon", The Mornig After, Secos e Molhados, Pink Floyd entre outros. Só por curiosidade, antes de comprar o dvd deste filme, eu já havia assistido 13 vezes.